Hoje é o início da primavera aqui no hemisfério sul. Exatamente às 9h44 desta manhã começou a estação das flores no Brasil. E eu adoro esta época do ano em que os jardins ficam mais bonitos, o clima é mais ensolarado, porém ainda não tão quente quanto no verão e, mesmo as plantas que não florescem também ganham um novo viço. Além, é claro, de setembro ser o mês do meu aniversário.
Marca registrada desta estação do ano, as flores sempre exerceram um verdadeiro fascínio sobre os artistas, sendo uma fonte recorrente de inspiração para suas telas.
O impressionista Claude Monet é, provavelmente, o maior exemplo de devoção às flores na história da arte, pois ele não apenas as retratou incansavelmente em seus trabalhos como criou ele mesmo dois jardins (Jardim d'Água e Jardim da Normandia) em sua casa na pequena cidade de Giverny, na França.
E passava boa parte de seu tempo imerso neles, seja para retratá-los ou simplesmente descansar e contemplar a natureza.
Para quem, assim como Monet, é amante da natureza e, principalmente, das flores, um programa muito interessante de se fazer nesta primavera que se inicia hoje é conhecer o Orquidário Binot.
Especializado no cultivo e venda de orquídeas, ele fica na região serrana do Rio, mais precisamente no bairro Retiro, em Petrópolis. Nas minhas idas à serra, que se tornaram mais frequentes nos últimos anos por eu ter um amigo morando lá, tive a chance de visitar algumas vezes este lugar de atmosfera tão calma e aconchegante.
Orquídea Ryncholaeliocattleya Alma Kee |
As orquídeas talvez sejam as flores com o maior número de admiradores pelo mundo, que colecionam espécies, organizam encontros anuais e pagam altíssimos preços por alguns exemplares mais raros. Eu, ao contrário, não sou nenhuma especialista, mas aprecio muito a beleza singular destas flores de formas tão engenhosas e únicas.
Orquídea Brassocattleya Pastoral Innocence |
As orquídeas brancas são muito usadas para buquês de noivas. E dá para entender porquê, não é mesmo?! São de um branco tão hipnotizante! Tão alvas, tão lindas!
Orquídea Phalaenopsis Charmer. |
Esta aqui abaixo é bastante exótica com suas formas finas e pontiagudas. É a Brassia Verrucosa Lindley. Os nomes também são bem curiosos.
Impossível não se encantar com a beleza tão delicada destes seres de mistério quase espiritual que, com todo o seu esplendor efêmero, nos ensinam sobre a brevidade da vida.
Orquídea do gênero Brassia Verrucosa Lindley. |
Já esta, pelo formato e coloração das pétalas, acredito ser a Oncidium Sharry Baby. Mas, confesso que, não lembro de ter sentido o característico aroma de chocolate no dia. Se alguém souber ao certo qual é, por favor diga nos comentários. Eu pesquisei, mas não consegui confirmar.
Impossível não se encantar com a beleza tão delicada destes seres de mistério quase espiritual que, com todo o seu esplendor efêmero, nos ensinam sobre a brevidade da vida.
Orquídeas do gênero Phalaenopsis nas cores lilás e branca. |
Orquídea do gênero Oncidium sp, também conhecida como Chuva-de-ouro. |
Vandas
Já estas aqui abaixo pertencem a um gênero bem peculiar de orquídea, que não precisa de terra e têm as raízes assim, flutuantes. São as Vandas. Inclusive, no Instituto Inhotim, o maior museu a céu aberto da América Latina, elas têm um lugar especial só para elas, o vandário, que eu visitei quando estive lá.
Outras espécies
Além de orquídeas, é possível encontrar outras espécies por lá, como plantas carnívoras que podem ser facilmente cultivadas em casa. Esta aqui abaixo é do gênero Nepenthes spp, também conhecida como Planta-jarro e se alimenta de pequenos insetos.Espécie carnívora conhecida como Planta-jarro. |
Há também Bromélias, não só dentro das estufas, como em todo o ambiente externo do local. Estas são do gênero Guzmânia.
Bromélias do gênero Guzmânia. |
História do Orquidário
A história do Orquidário Binot começou no século XIX, quando o botânico e paisagista francês Jean Baptiste Binot vem morar no Rio de Janeiro, se estabelecendo em Petrópolis. Em 1854, ele recebe de Dom Pedro II a tarefa de projetar os jardins do Palácio Imperial (hoje Museu Imperial). Como prêmio pelo trabalho executado, o Imperador cede a Jean Baptiste uma área de terras no bairro do Retiro.
Seu filho, Pedro Maria Binot, horticultor, deu o pontapé inicial na comercialização das flores produzidas ali, exportando os primeiros lotes de plantas para a Europa. Até os dias atuais, o Orquidário ainda é administrado por descendentes da família Binot. Legal, né?!
Seguem mais fotos do local:
Como se pode ver nas imagens, o Orquidário é um lugar bem calmo e aconchegante. Ótimo para um passeio de fim de semana. Fica a cerca de 7 kilômetros do centro de Petrópolis, coisa de 1h20 minutos de carro.
Seguem o endereço e os contatos de lá:
Endereço: Rua Fernandes Vieira, 390 - Retiro
Tel: (24) 2248-5665
O atendimento é excelente. Os funcionários são muito simpáticos e atenciosos e, ao mesmo tempo, deixam os visitantes bem à vontade.
A entrada é gratuita e o Orquidário fica aberto de segunda a sábado, das 7h às 17h.
Vale muito a pena a visita! Não deixem de conhecer!
Uma Feliz Primavera para todos!
Fontes:
jardineiro.net / fazfacil.com.br / revistacasaejardim.globo.com /petropolis.rj.gov.br / destinopetropolis.com.br / orquidariobinot.blogspot.com.br
*Todas as fotos foram feitas por mim mesma durante a minha visita ao local.
0 Comentários
Olá! Obrigada pela visita. Deixe seu comentário, que eu responderei o mais breve possível. Selecione a opção NOTIFIQUE-ME para ser avisado assim que for respondido.