Primeiro post do ano saindo do forno!! E o tema escolhido para abrir os trabalhos de 2018 por aqui é Arte! Assunto que eu amo! Com a correria que está a minha vida nos últimos tempos, eu andava meio sumida dos museus e centros culturais. Mas, no último sábado de 2017, eu aproveitei que precisava ir à Saara para comprar alguns aviamentos e finalmente dei uma passadinha no CCBB para conferir a exposição O corpo é a casa, do artista austríaco Erwin Wurm.
A mostra está em cartaz desde outubro e as imagens de divulgação haviam me chamado muito a atenção por mostrarem obras bastante inusitadas. O artista usa diferentes linguagens para abordar a forma como nos relacionamos com nossos corpos.
Ver objetos inanimados, como uma casa e um carro obesos, "acima do peso", causa bastante estranhamento e nos faz refletir sobre questões que vão desde como temos nos alimentado até qual a imagem que temos de nós mesmos, de nossos corpos.
Estamos cada vez mais desencorporados. Precisamos, urgentemente, voltar nossa atenção para a nossa casa. O nome da exposição soa praticamente como um mantra para mim: O corpo é a Casa.
Ele é o nosso abrigo primordial, que levamos conosco para onde quer que formos. E precisamos habitá-lo verdadeiramente, com presença e cuidado genuínos.
Outra questão que se torna bastante palpável ao contemplarmos as obras é o quanto nossos corpos são moldáveis. Nós os esculpimos diariamente não só a partir do que comemos, mas, principalmente, com a nossa mente. Ele é o mais puro reflexo daquilo que vivemos, dos nossos sentimentos e emoções.
Mas, além destas questões mais subjetivas, como estilista, também chamaram muito a minha atenção as vestimentas de algumas das obras. Achei um trabalho primoroso de modelagem vestir esculturas como O artista que engoliu o mundo, por exemplo.
Fiquei imaginando como deve ter dado trabalho confeccionar esta camisa e calça redondas. E ambas têm todos os detalhamentos de roupas normais, como bolsos, fechamentos e botões.
Veja também:
Outra obra que me chamou a atenção pela roupa foi esta à qual o artista não atribuiu nenhum nome. Este corpo quadrado, que parece aprisionado dentro deste casaco, me faz pensar numa pessoa vítima da Moda ou em alguém muito desconfortável dentro do próprio corpo.
Agora, se as roupas do homem redondo já tinham me impressionado, fiquei ainda mais passada com a complexidade das dobras da calça deste senhor largo aqui. Gsuis!
E o que dizer deste "ovo" encasacado? Bem claustrofóbico e inquietante! Tenho um casaco bem parecido com este e a identificação foi imediata. Mais uma vez, precisei fotografar de perto os detalhes.
Esta outra obra também nos passa uma sensação de claustrofobia e desconforto com este ser misterioso aprisionado nesta roupa que parece uma blusa para vestir o corpo todo.
Sabe quando você vai numa loja, experimenta uma roupa muito apertada, fica presa dentro daquilo sozinha dentro do provador e não sabe o que fazer? Me senti assim olhando para esta escultura. Super me identifiquei, rs.
Eu adorei a exposição! Ela não é grande, mas tinham muitas outras obras expostas além destas. Porém, para não deixar o post muito longo e cansativo, quis trazer para vocês apenas as que mais gostei.
O artista que engoliu o mundo, 2006. |
Fiquei imaginando como deve ter dado trabalho confeccionar esta camisa e calça redondas. E ambas têm todos os detalhamentos de roupas normais, como bolsos, fechamentos e botões.
Detalhamento realista das roupas. |
- Exposição Yes, nós temos biquíni no CCBB RJ
- ExposiçãoA Casa Bordada no CRAB Sebrae RJ
- Minha Coleção de Catálogos de Exposições de Arte
Sem título, 2008. |
Adorno como Oliver Hardy em The Boemian Girl e o fardo do desespero, 1936-2006. |
Sem título, 2008. |
Não encontrei o nome desta obra para registrar aqui. |
Sabe quando você vai numa loja, experimenta uma roupa muito apertada, fica presa dentro daquilo sozinha dentro do provador e não sabe o que fazer? Me senti assim olhando para esta escultura. Super me identifiquei, rs.
Eu adorei a exposição! Ela não é grande, mas tinham muitas outras obras expostas além destas. Porém, para não deixar o post muito longo e cansativo, quis trazer para vocês apenas as que mais gostei.
Para quem ainda não foi conferir, infelizmente, a mostra fica em cartaz apenas até amanhã, dia 08 de janeiro, no CCBB aqui do Rio.
Se puder, dê uma passadinha por lá! Vale a pena!
Espero que tenham gostado do post.
Beijos e até a próxima!
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