Revistas de Crochê Antigas: meu primeiro contato com gráficos e receitas

revistas crochê anos 1990 e 2000

Antigamente, antes do Youtube e Pinterest existirem, e quando quase ninguém tinha nem mesmo internet em casa, para se aprender qualquer tipo de artesanato você tinha que ter alguma pessoa próxima, como a mãe ou a avó, por exemplo, para lhe ensinar as técnicas pessoalmente. Ou, para quem não tinha nenhuma familiar ou conhecida prendada, o jeito era recorrer às bancas de revistas. 

Como já cheguei a relatar neste outro post, eu aprendi os pontos básicos do crochê com a minha vizinha, quando eu tinha 12 anos. Mas os pontos mais complexos e a confecção de roupas e outras peças mais elaboradas eu aprendi mesmo com a prática, seguindo gráficos e receitas que encontrava nas revistas especializadas em crochê.

Todas as que eu comprei, eu guardo até hoje. Mas, na verdade, não são muitas, apenas 11 exemplares, com datas de lançamento entre os anos 1990 e os 2000. A maioria é focada em vestuário feminino, com receitas de croppeds, blusas, saias, vestidos, casaquinhos, boleros...

coleção revistas crochê antigas
Revista Ponto Fácil, a primeira que eu tive. Minha mãe comprou para mim.
Como ela não tem mais capa há muito tempo, não sei o ano da edição, mas é anterior a 1998.

Mas também tem uma só de roupas de bebês, que aliás, foi a última que eu comprei, em 2010, especialmente para confeccionar um par de sapatinhos de lã para presentear uma amiga que tinha acabado de descobrir que estava grávida. ❤ Eu nunca tinha feito nenhum sapatinho de bebê antes e, apesar de ser uma peça simples, achei melhor ter alguma receita pronta para me guiar.

coleção revistas crochê antigas

Nesta, que é a revista mais antiga da minha mini coleção, eu costumava fazer colagens com fotos de peças de crochê e receitas que eu encontrava em outras revistas não especializadas. Olha só esta com a receita da bolsa que a Angélica usava na série Flora Encantada, uma espécie de novela juvenil que fazia parte do programa Angel Mix e estreou em 1999 na Globo. O recorte saiu de uma antiga revista Viva! que eu tinha.


A importância de saber interpretar gráficos e receitas

revista receitas gráficos crochê

Uma coisa que eu sempre adorei nas revistas é o fato delas me proporcionarem a independência para confeccionar minhas próprias peças. Com os gráficos e receitas em mãos, eu posso tanto reproduzir aquele modelo específico quanto adaptar as medidas e pontos para produzir outras peças que me vierem à cabeça. Isso dá autonomia, e foi assim que eu aprendi a criar os meus próprios modelos do zero.

Acho que, hoje em dia, a maioria das artesãs é muito dependente de vídeos e das explicações de outra pessoa para poder confeccionar qualquer peça. Não estou falando isso para ofender ou diminuir ninguém. Na verdade, quero deixar uma dica para minhas colegas: se você ainda não sabe ler gráficos e interpretar receitas sozinha, comece a treinar isso o quanto antes e seja livre para criar a peça que quiser!

gráficos pontos básicos crochê

Eu gostava ainda mais quando a revista vinha com estes guias para iniciantes, com explicação dos principais pontos utilizados. Esta aborda tanto o crochê quanto o tricô, e tudo o que eu sei fazer nesta outra técnica (o que não é muita coisa, é verdade) eu aprendi em revistas.

Veja também:


Crochê de Grampo

revista receitas crochê grampo
Revista de 2007, focada em receitas de crochê de grampo. Ainda na foto, a agulha de madeira que comprei 
especificamente para treinar a técnica.

Uma técnica que não se popularizou muito por aqui foi o crochê de grampo. Nesta versão do crochê, além da tradicional agulha de gancho, é utilizada também esta outra de madeira, com 3 larguras reguláveis. Na época, por curiosidade, eu comprei a revista e a agulha. Cheguei a treinar alguns pontos por um tempo, mas não finalizei nenhuma peça e acabei deixando para lá. Mas as duas continuam guardadinhas aqui.

Tenho também uma agulha de crochê tunisiano, aquela que é praticamente uma agulha de tricô com o ganchinho na ponta. Eu ficava fascinada com estas novidades do crochê que surgiam na época. Treinei alguns pontos há muito tempo atrás, mas também não finalizei nenhuma peça e nunca mais peguei nela. Mas quero voltar a praticar algum dia. Também quero muito aprender crochê irlandês, que parece ser bastante complexo inclusive, mas um dia vou fazer.


Mini revistas 

revista receitas crochê


Além das 11 revistas em tamanho normal, tenho também estas pequenas. As produzidas pelas fabricantes de fios, como a Pingouin, costumavam ser distribuídas gratuitamente em armarinhos antigamente. Já esta do meio, só com receitas de biquinhos de crochê, veio junto com uma edição da revista Manequim que comprei em 2001.


Folhetos de receitas avulsas

revista receitas crochê

Hoje em dia, o que costumamos encontrar gratuitamente em armarinhos são estes folhetos de receitas avulsas. Aqui a maioria é da Círculo e, alguns dos que estão na foto, eu peguei também na Rio Artes Manuais que fui em 2018.

Ao longo dos anos, a forma de aprender crochê ou adquirir receitas novas mudou muito. Atualmente, basta fazer uma busca na internet e baixar os arquivos. Mas ainda é possível encontrar revistas por aí em algumas bancas ou armarinhos. O aprendizado pelo papel ainda tem o seu lugar.

E você, aprendeu a fazer crochê já na era digital ou também é das antigas? Também guarda revistas? Me conta nos comentários.

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4 Comentários

  1. Eu estou procurando uma revista de croche dos anos 90. No final de 92, início de 93, eu comprei uma revista de croche para bebês. Será que vc tem? Estou procurando um macacão que fiz pra minha filha, queria fazer para o bebê que ela está esperando.
    Se vc tiver a revista, vou ficar tão feliz.

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    1. Oi, Gê! Desculpe a demora. Que lindo você fazer o mesmo macacão pro seu netinho(a)! Queria poder ajudar, mas a revista mais antiga que eu tenho é de, no máximo, 97/98. E estão todas na primeira foto do post.
      Você já tentou procurar a receita no Pinterest?

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  2. Oi, muito legal sua coleção. Eu sou das antigas e tenho várias revistas de todas as técnicas de artesanatos. :*

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    1. Olá, obrigada! Era muito bom né?! Eu também gosto de ter aprendido artesanato assim à moda antiga.

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